quinta-feira, 17 de junho de 2010

Príncipe da Pérsia - As Areias do Tempo

Príncipe da Pérsia - As Areias do Tempo


A notícia de que o game Príncipe da Pérsia seria adaptado para as telonas pela Disney, com direção de Mike Newell e Jake Gyllenhaal como o protagonista, trouxe consigo a esperança de que os fãs de videogame finalmente veriam um bom filme do gênero, depois de tantas tentativas fracassadas (Street Fighter, Doom, Mortal Kombat, entre outros) e ainda nenhuma tão bem sucedida quanto algumas adaptações de HQs.

O tal príncipe da Pérsia é Dastan (adotado pelo rei da Pérsia), que é acusado de matar o próprio pai e foge com sua recém-cônjuge Tamina em busca do tio, que ele julga ser o único a poder inocentá-lo. Além disso, Tamina tem em seu poder a cobiçada adaga que tem o poder de voltar no tempo e o casal terá agora que fugir não só dos capangas de Alamut como também daqueles que cobiçam a adaga.

A história se passa na persa medieval, cuja época exata nunca é dita e não se pode precisar. Os cenários são bem fiéis aos do jogo, ou seja, tão toscos quanto. Igualmente fiéis são os saltos característicos do príncipe – uma espécie de jumper persa divertido, encarnado com um quê de Aladin por Jake Gyllenhaal – e a adaga, cujo poder é ativado pelo botãozinho mágico, cuja função soa superficial e excessivamente incrível no filme.

Algo que os estúdios hollywoodianos parecem ainda não ter entendido é que, diferentemente das HQs, os games não precisam de boas e rebuscadas histórias para funcionarem, ou seja, basta um pretexto e... vamos à ação! Mas isso nunca pode ser bom para um filme, que se investir somente em efeitos visuais, correrias e lutas ficará maçante. Príncipe da Pérsia - As Areias do Tempo é assim: um fiapo de história, cheias de crateras no roteiro, cujas problemáticas não chegam a ser resolvidas para outras surjam e aquelas primeiras sejam deixadas pelo caminho, sem a menor cerimônia.

Apesar disso, Mike Newell conseguiu trabalhar bem as cenas de perseguição, os efeitos visuais realizaram um bom trabalho e a edição de som é medida para impressionar “no grito”. Isso faz do longa um programa divertido, mas que não pode ser julgado como um bom filme.

Mistura de Piratas do Caribe com Aladin e umas pitadas de filmes-aventura-em-busca-de-tesouros-perdidos da década de 1980, Príncipe da Pérsia pode até ganhar o posto de melhor adaptação de games para as telonas, mas isso definitivamente não é algo do que se vangloriar.

Nota:
Crítica por: Fred Burle (Fred Burle no Cinema)



terça-feira, 15 de junho de 2010

Querido John (2010)

Querido John (2010)

Querido John

SINOPSE

Baseado no romance de Nicholas Sparks, filme conta a história de John Tyree (Channing Tatum), um jovem soldado que foi para casa durante uma licença e de Savannah Curtis (Amanda Seyfried), a jovem universitária idealista por quem ele se apaixona durante as férias de faculdade. Durante os próximos sete tumultuosos anos, o casal é separado pelas missões cada vez mais perigosas de John. Apesar de se encontrarem apenas esporadicamente, o casal mantém o contato por meio de uma enxurrada de cartas de amor. Essa correspondência acaba por provocar uma situação com consequências nefastas.

Sinopse: Durante suas férias escolares de 2001, Savannah conhece John, um soldado do Exército. Em duas semanas o casal já está enamorado. Depois do 11 de setembro, John precisa ficar muito tempo afastado e a correspondência entre os dois acontece por cartas.

Hoje em dia, com e-mail, redes sociais, SMSs e todos os outros meios; a comunicação entre duas pessoas é muito facilitada. Mesmo assim, nada tira o romantismo de uma carta escrita a mão pela pessoa amada.

Contando com a força da palavra escrita, Querido John (Dear John) pretende tocar os corações de seus espectadores. A fórmula é a mesma que o escritor Nicholas Sparks usou no livro que gerou Diário de uma Paixão (2004): romantismo extremo e totalmente voltado para o público feminino.

Nessa nova adaptação cinematográfica da obra do autor, os mesmo elementos podem ser encontrados. Uma protagonista certinha que se apaixona por um homem bem diferente das pessoas com quem está acostumada a conviver. Vencer as barreiras do amor são a força-motriz das duas histórias.

Portanto, queridas leitoras, se quiserem ir acompanhadas ver Querido John, leve suas amigas, mas nunca o seu namorado. Se quiser um ombro masculino para derramar as lágrimas que o filme arrancará de seus olhos, convide aquele seu amigo gay e não arrume um programa de índio para seu amado.

Para se ter uma ideia de como a fórmula emocionará os corações femininos ao mesmo tempo em que ofende a masculinidade dos rapazes, vamos descrever uma cena. O casal de protagonistas estão sozinhos em uma casa em construção (que a moça está ajudando a construir para entregar aos pobres, já que ela é a Srta. Perfeita). Em meio a uma conversa íntima, começa a chover e o casal tem seu primeiro beijo. Nesse momento, as garotas geralmente falam: “Que fofo!”, enquanto os homens pensam: “Pelo amor de Deus! Me tira daqui agora!”.



Nota:
Crítica por: Edu Fernandes (CineDude)


Esquadrão Classe A (2010)

Esquadrão Classe A (The A-Team)

Elenco: Liam Neeson, Bradley Cooper, Quinton "Rampage" Jackson, Jessica Biel, Sharlto Copley, David Richmond-Peck.

Direção: Joe Carnahan
Gênero: Aventura
Duração: --- min.
Distribuidora: Fox Film
Estreia: 11 de Junho de 2010

Sinopse: Em 2003, uma unidade operacional de elite foi condenada pela corte militar por um crime que não cometeu. Mas estes homens escaparam rapidamente da prisão de segurança máxima e passaram a viver clandestinamente no submundo de Los Angeles. Hoje, ainda procurados pelo governo, sobrevivem como mercenários. Se você tem um problema e ninguém mais pode ajudar, e se conseguir encontrá-los, talvez você possa contratar o Esquadrão Classe A.

Esquadrão Classe A


Esquadrão Classe A é a adaptação para o cinema do seriado homônimo da década de 80.

Pensado para concorrer na temporada de arrasaquarteirões norteamericana, a Twentieth Century Fox (produtora e distribuidora) optou pelo velho e enfadonho esquema do “quanto mais, melhor” - decisão declarada inclusive no material de imprensa disponibilizado pela distribuidora. Ou seja, para ganhar o público do verão, resolveram por aumentar (e muito) as sequências de ação em relação ao seriado e investir pesado no som, que beira o ensurdecedor e não dá respiro em um momento sequer da película.

Para a direção foi escalado Joe Carnahan (Narc) e um dos produtores foi Ridley Scott, outro fanático por filmes de guerra e cenas de tiro. Já dá para perceber o que vem por aí, não?!

No seriado, um grupo de quatro soldados veteranos do Vietnã é sentenciado injustamente por um crime. Foragidos e constantemente perseguidos, passam a viver no submundo como mercenários, enquanto tentam descobrir os verdadeiros responsáveis pelo crime, para então provar sua inocência.

No filme, o Vietnã é trocado pelo Iraque e o restante da base da história é mantida. O problema é que a história propriamente dita termina aí. Segue-se uma sucessão de sequências de ação, na terra e no ar, com muitos tiros, efeitos visuais e especiais e muito barulho.

O elenco, que deveria funcionar mais como grupo, funciona individualmente, com Bradley Cooper (Se Beber, Não Case) quase sempre sem camisa e sempre ressaltado pela câmera, obviamente por ser o mais galã e por ser o ator mais “na moda”. Ele é Cara-de-Pau, um dos quatro ex-soldados foragidos.

Completando o quarteto estão Liam Neeson (Fúria de Titãs) como Hannibal Smith (aqui empossando apenas uma vez o charuto que sempre acompanhava o personagem no seriado), Sharlto Copley (Distrito 9) como o maluco – literalmente – John Murdock e Quinton Jackson como o grandalhão B.A. Baracus, que é quase como o seu semi-xará (o Obama, sabe?!), que promete ação, mas é um ser inexpressivo até os últimos minutos, quando de repente se assume como mercenário e pronto, acabou o filme – pelo menos para ele.

O elenco principal conta ainda com Jessica Biel – a capitã Clarissa Sosa, ex-apaixonada por Cara-de-Pau e que agora perseguirá o esquadrão – e Patrick Wilson – o agente da CIA Lynch, que só saberemos se é contra ou a favor dos fora-da-lei mais à frente do filme.

Nada muito novo no gênero, algumas sequências engraçadinhas, outras nem tanto, uma cena hilária da sessão de cinema 3D num hospício e uma incrível sequência de ação e efeitos visuais em meio a centenas de contêineres enormes contabilizam um saldo positivo para quem só quer passar o tempo e em saldo negativo para quem procura conteúdo e/ou sossego nos cinemas.

E então? Vai encarar?

Nota:
Crítica por: Fred Burle (Fred Burle no Cinema)




A ULTIMA MUSICA - ROMANCE

A Última Música (The Last Song)

Elenco: Miley Cyrus, Greg Kinnear, Bobby Coleman, Liam Hemsworth, Hallock Beals, Kelly Preston, Stephanie Leigh Schlund, Nick Searcy, Kate Vernon, Melissa Ordway, Adam Barnett.

Direção: Julie Anne Robinson
Gênero: Romance
Duração: 108 min.
Distribuidora: Disney
Estreia: 11 de Junho de 2010

Sinopse: Baseado no último livro do escritor best-seller Nicholas Sparks (Um Amor para Recordar, Diário de uma Paixão), A ÚLTIMA MÚSICA é ambientado em uma pequena cidade praiana do sul, onde um pai afastado (GREG KINNEAR) tem a chance de passar o verão com sua relutante filha adolescente (MILEY CYRUS), que preferia estar em casa, em Nova York. Ele tenta se reaproximar dela através da única coisa que eles têm em comum - a música - em uma história sobre família, amizade, segredos e salvação, e também sobre primeiros amores e segundas chances.

A Última Música


Sinopse:
Ronnie é uma adolescente rebelde que passará o verão com seu pai, acompanhada pelo irmão mais novo. A relação paternal está abalada desde o divórcio e, apesar do amor que ambos têm pela música.

Miley Cyrus é filha de um cantor country, mas ficou conhecida mundialmente sob o personagem Hannah Montana, uma cantora pop juvenil que esconde sua verdadeira identidade para proteger o anonimato. A ideia do seriado que levou Miley à fama é aproveitar o melhor dos dois mundos (da celebridade e da família) e a atriz parece ter levado o slogan a sério. Há algum tempo ela tenta se desvencilhar do personagem e ter uma carreira própria, tanto na música como nas telas, mas ao mesmo tempo a moça não quer perder a legião de fãs que colecionou nos últimos anos.

Para tentar favorecer os dois lados da questão, Miley estrela o filme A Última Música (The Last Song), no qual ela tenta fugir da imagem de santinha que a Disney impõe em seu elenco, tascando beijos vigorosos em Liam Hemsworth – tudo dentro do limite da faixa etária de seus seguidores, é claro. Seu papel representa bem as ambições que ela nutre: Ronnnie é uma adolescente rebelde e impulsiva, mas que adora música tanto quanto Hannah Montana.

O filme consegue equilibrar bem momentos cômicos, românticos e dramáticos. Uma gama variada de emoções passará pelos corações da plateia, mas é bom ter em mente que A Última Música é mais uma adaptação da obra do escritor Nicholas Sparks (Querido John). Essa é a primeira vez que o Manuel Carlos dos best-sellers estadunidenses se envolve ativamente na adapatação de um de seus livros para o cinema. Como é de se esperar, o final dramático e lacrimoso está lá para que seus fãs apreciarem.


Nota:
Crítica por: Edu Fernandes (CineDude)




Cartas para Julieta - Trailer Legendado

CARTAS PARA JULIETA EM CARTAZ NOS CINES DO PAÍS

Cartas para Julieta (Letters to Juliet)

Elenco: Amanda Seyfried, Vanessa Redgrave, Gael García Bernal, Christopher Egan, Franco Nero, Lidia Biondi, Milena Vukotic.

Direção: Gary Winick
Gênero: Romance
Duração: 105 min.
Distribuidora: Paris Filmes
Estreia: 11 de Junho de 2010

Sinopse: Jovem americana viaja para Verona, Itália, a famosa e inspiradora cidade onde foi criada a personagem Julieta Capuleto - sim, aquela da clássica obra "Romeu e Julieta". É neste local que ela descobre um grupo de pessoas que costuma responder às cartas - deixadas num muro - daqueles em busca de conselhos sobre o amor. A garota então responde a uma dessas cartas, datada de 1951, o que acaba inspirando a autora a viajar para a Itália em busca daquele que sempre foi sua verdadeira paixão. O fato também desencadeia uma série de eventos que irá mudar a vida de todos.

Cartas para Julieta


Sinopse:
Durante uma viagem a Verona, Sophie encontra uma carta escrita há 50 anos pedindo conselhos sobre um amor proibido. Ela resolve responder e a autora volta a Itália para encontrar seu amor da juventude.

Amor proibido perdido no tempo, o sonho de ser escritora, um casal cujo relacionamento está desgastado por falta de comunicação... o filme Cartas para Julieta (Letters to Juliet) usa elementos que não podem ser chamados de originais para criar uma história de amor fofinha.

O que diferencia essa produção das demais são as belas paisagens italianas, exploradas ao máximo durante a jornada dos personagens em busca do amor do passado. De resto, as coisas caminham muito de acordo com uma fórmula pré-estabelecida, apostando no carisma de Amanda Seyfried (O Preço da Traição) para somar simpatia ao conjunto.

Um ponto negativo que salta aos olhos é a atuação caricata de Gael García Bernal, vivendo um cozinheiro empolgado pelos sabores da cozinha italiana que às vezes parece um idiota (não no sentido cômico). O personagem não colabora, mas a atuação de Bernal acaba afundando ainda mais qualquer posibilidade de torcida que o rapaz teria. Felizmente seu tempo em cena é bem reduzido.

Com Vanessa Redgrave e Franco Nero – um casal na vida real – no elenco, o desfecho é bem previsível. Assim como sabemos como irá terminar a relação de ódio entre Sophie e Charlie. Nesse ponto as tiradas do rapaz, flertando com o humor inglês são um dos pontos altos do humor nessa comédia romântica.


Nota:
Crítica por: Edu Fernandes (CineDude)
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